Podem esclarecer-me uma dúvida, sáxavor?

Política. É este o tema. 

Ando numa roda-viva a papar tudo quanto é debate eleitoral e programas de análise aos ditos debates e estou com uma dúvida (não percebendo eu nada de política, ter só uma dúvida já é muito bom!). 

Vamos por partes: 

O Presidente da República (vénia ao Senhor) pediu um Governo de maioria, certo? 

Ora, duvido que, quer o Sócrates, quer o Passos Coelho, consigam a tal maioria (nem me atrevo a falar dos outros partidos). 

Assim sendo, terá que haver uma coligação para cumprir o 1º ponto: o tal Governo maioritário e pseudo-estável. 

E aqui surge a minha dúvida: O Passos Coelho não quer coligações (adeus Portas, xau PS, au revoir PCP e hasta la vista BE!); o Portas não quer governar com o Sócrates (resta-lhe o PSD que não quer nada com ele) e o Sócrates, que está a arrastar a asa à direita que o manda ir passear, afirma que “quem ganha as eleições é que vai para o governo”. 

Então, acho que só há duas hipóteses, certo? 

1. Não cumprir o requisito do PR e quem ficar em 1º forma Governo (mesmo que seja sem maioria).

2. O PS ou o PSD conseguirem, por milagre, uma maioria dos votos. 

Então e se o PR não mudar de ideias e se não houver maioria para ninguém? 

Acho que me está a escapar alguma coisa. Há para aí algum Iluminado que acenda a luzinha ao meu Tico e ao meu Teco?

O Grito. Versão Simpsons.

Estou meia perdida. Como ele!

A falta de tempo é um problema só meu?

Não, respondem todos em coro! 

Pois bem, o meu caso é diferente. Devia ter todo o tempo do mundo porque estou desempregada. Isto seria o lógico, certo? 

Errado. Entre fazer mini-tarefas domésticas, ir ao supermercado, dar atenção à família e ao cão, ir e vir três vezes por semana a Lisboa e enviar currículos, currículos e mais currículos, não me sobra tempo para nada. 

Este sentimento também deve estar relacionado com o stress que é não me sentir minimamente útil, a nível profissional. Acho que já nem sei como se trabalha!!! E isto é triste… 

Já respondi a imensos anúncios para empregos fora da minha área mas, como o mercado está mau para todas, nem resposta me dão. Ah, e aquela alínea “Experiência anterior em funções similares (factor eliminatório)”, não ajuda nada e estraga tudo! 

Mas pronto, como diz a minha mãe e 90% da população portuguesa, “a esperança é a última a morrer”. Só espero que não morra de tédio.

Tempo
Falta de tempo

PS – Hoje sinto-me cinzenta. Por isso este post vai directamente para o “Clube dos Cinzentões”. O Sócrates acabou de me dar as boas-vindas! 🙂

 

 

Esqueletos no armário

Nestes últimos dias, esta deve ter sido a expressão mais ouvida nos meios de comunicação social: “Esqueletos no Armário”. 

O autor de tão célebre pérola foi o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, quando se pronunciou sobre o estado e a (falta) de transparência das contas públicas. 

E, por muito que queira ver pelas costas o nosso Sócrates (PM ainda em funções), tenho que concordar com o que defende o PS: esta não é a altura para “esquadrinhar” os tostões do país. Melhor, não é a altura para o fazer, pelo menos publicamente e utilizando os Media como pombo-correio. 

Resolvam lá as vossas contendas, mas longe dos holofotes. De outra forma, continuamos a passar uma péssima imagem do país num todo e nós, portugueses que aqui andamos e que até somos cumpridores e pouco temos a dizer na condução dos assuntos do Estado, não podemos ser postos no mesmo saco.

Admito que pouco percebo de política (e o que estou a dizer até pode ser uma barbaridade), mas acredito que a relação PS/PSD é podre. E, numa altura destas, de verdadeiro atrofio económico, financeiro e social, estes dois partidos deviam unir-se e trabalhar em conjunto, para o bem de todos e para a sanidade mental de muita gente.

Por isso, deixem-se lá de tretas e parem de se comportar como crianças birrentas e mimadas. Já não há paciência para vos ouvir! E quando assim acontece, algo vai mal no Portugal dos Pequeninos…

Esqueletos no armário

Ui, medo!!!